Na busca da história de meus ancestrais tenho
como elo fundador uma família Chassot que veio para o Rio
Grande do Sul em 10 de novembro de 1855. [FAUTH, Adonis Valdir. A imigração
Valesana no Rio Grande do Sul, Carlos Barbosa: Associação Valesana do
Brasil, 2000, p. 81]. A família pioneira foi a de Jean Chassot, sua esposa
e sete filhos. Eram suíços de Vuisternens-devant-Romont, do cantão de
Fribourg, distante 40 km dessa cidade. Conforme o documento de entrada em
Porto Alegre (está no Arquivo Histórico do RS), os prenomes dos Chassot
foram então aportuguesados:
- Jean Chassot
ou João Chassot, 42 anos, chegou com sua mulher Nanette
Torche, 32 anos, e seus filhos: Francisco (14), Denis (13), Jules ou Júlio (11),
Genoveva (9 e meio), Constantino (8), Pedro (6) e Luisa (1 ano e
meio). A sucessão de meus antecedentes seguem a partir do terceiro
filho:
- Jules ou Júlio Chassot,
com 26 anos casou com Maria Rodrigues da Fonseca. Oficiou
o casamento o padre Bernardo Ehring em 22.11.1870 na capela N.Sra. da
Piedade, no Arroio Forromeco. Mas o registro está no livro 2 de São
José do Hortêncio. Em 1884 eles possuíam terras, medindo 52.400 br2
(braças quadradas), próximas ao Arroio Forromeco e às terras do sogro
Mathias Rodrigues Fonseca, que mantinha ainda a maior área da região,
com 560.000 br2, limítrofe com a Colônia Santa Maria da
Soledade. Com esse casamento, que se pode inferir pelo sobrenome da
filha do senhor Mathias, o idioma francês falado pelo então menino
suíço que chegara ao Brasil 16 anos antes passa a ser minimizado, pois
Maria deveria ser de fala portuguesa. Mas a perda do ‘falar francês’
vai se esvair de outra maneira, como se vê a seguir.
Deve ser então que os Chassot de fala suíça se germanizaram em contato
com os colonos de fala alemã que viviam nas margens do Forrromeco e
mesmo no vale do Caí e do Sinos de quem eram lindeiros. A língua de
berço de meus avôs maternos (Ledur e Volkweiss) era o alemão. Meu pai
e minha mãe também tinham no alemão a primeira língua. Eu só não
aprendi o alemão em casa, pois tendo nascido no começo da 2ª Guerra
Mundial, esse idioma era então proibido no Brasil. Contribui também o
fato de meu pai e minha mãe deixarem respectivamente as colônias de
Faxinal e Santa Terezinha (ambas, então, município de Montenegro).
Casaram em 1937 e se estabelecerem em Estação Jacuí – um núcleo
ferroviário formado por operários de uma oficina de via permanente da
VFRGS, onde meu pai era marceneiro, que era uma vila de Cachoeira do
Sul, hoje no município de Restinga Seca – onde não havia mais do que
uma ou duas família de descendência alemã.
Os filhos do casal Jules Chassot e Maria Rodrigues da Fonseca, pelos
registros que tenho, nasceram no Forromeco. Foram batizados quase
todos na Capela da Piedade e os registros (mais antigos) estão na
Paróquia de Montenegro:
a) Maria Júlia Chassot, n. 10.12.1871
b) José Chassot, n. 25.3.1873 que casou com Carolina Noll em Bom
Princípio em 1903.
c) Dyonisio Chassot, n. 9.7.1874 (casou com Maria Francisca Anschau em
Barão em 1895)
d) Clemente Chassot, n. 2.2.1876 – seria gêmeo de
e) Clementina Chassot que casou com Estevam Schneiders Filho
f) Anna Maria Chassot, em 1901 que casou com Estevão Luft em Bom
Principio
g) Affonso Chassot, n. 18.12.1881 em Bom Princípio, onde casou com
Anna Veit em 1904
h) JOÃO GUILHERME CHASSOT*, minha sucessão prossegue
a partir deste oitavo dos dez filhos do suíço Jules com a brasileira
Maria Rodrigues da Fonseca. Falta-me a data de nascimento de meu avô
paterno. Sei onde ele está sepultado no Faxinal, próximo à sepultura
de meus pais.
i) Leopoldo Chassot, n. 28.11.1887 registro de batismo em São
Vendelino
j) Júlio Chassot Filho, que casou com Margarida Kuhn em 1907 em
Harmonia
- JOÃO GUILHERME CHASSOT casou com em Bom
Princípio em 28.6.1905 com Susanna Werner, filha de
Elisabeth e Theodoro Werner. João Guilherme e Susanna tiveram os
filhos Afonso Oscar Meu pai, Lotário, Paulino,
Arlindo,Otacilio, Marcolina, Rosamunda (Rosinha) e Afonso.
- Afonso Oscar (1906-1987) casou
com Maria Clara Volkweiss (1908-2001) filha de Pedro
Paulo Volkweiss Fº (*18ABR1872 +09ABR1936) e de Bárbara Ledur
Volkweiss (*30JUL1872 +05DEZ1971). Estas datas extrai da lápide
sepulcral no cemitério de Bom Princípio. Não explicito aqui oramo
Volkweiss de minha ascendência, mas ele tem sido estudado por primos
que ainda não me apropriei. Oscar e Maria Clara tiveram sete filhos:
Attico (1939) Sirne (1940-2002), Os gêmeos Pedro Paulo e Maria
Donatila, José Maria (1948-1996), Maria Clara e Emar. Os quatro
primeiros nascidos em Estação Jacuí e os três outro em Montenegro com
o retorno de meus pais a região de seus ancestrais em 1947,
Até aqui, minha ascendência.
Agora, minha descendência:
- De meu casamento (1966-1986)
com Dione Fernandes Campani tenho quatro filhos:
Bernardo (1968) que casou com Carla Scandar de Souza;
André (1970) que casou com Tatiana Petzhold);
Ana Lúcia (1977) que casou com Eduardo Schorr; e
Clarissa (1980) que casou com Carlos Martins.
Fui casado, de 1987 a 2017, com Gelsa Knijnik, filha
de Rubem e Liba Knijnik.
- Na sexta geração estão os meus OITO
netos:
1999 Maria Antônia (* 15JUL), filha de Bernardo e
Carla;
2005 Guilherme (* 08ABR), filho de Ana Lúcia e
Eduardo;
2006 Maria Clara (* 26ABR), filha de Clarissa e
Carlos;
2019 Pedro (* 29JUN), filho de André e Tatiana
2010 Felipe (*08SET), filho de Ana Lúcia e
Eduardo;
2011 Carolina (* 01DEZ), filha de Clarissa e
Carlos;
2013 Betânia (* 10JAN), filha de Bernardo e
Carla;
- 2014 Lucas
Francisco (* 27MAR), filho de Ana Lúcia e Eduardo.
- Assim, por exemplo, a Maria
Antônia é filha de Bernardo, neta de Attico, bisneta de
Afonso Oscar,trineta de João Guilherme, tetraneta (tartaraneta) de
Jules (ou Júlio) e pentaneta Jean Chassot.
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